LE BISCUIT E AMERICANAS

MP-BA aciona lojas da Le Biscuit e CPI não ouve bilionários da Americanas

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A FEC, entidades nacionais e os sindicatos de comerciários estão acompanhando várias situações envolvendo as grandes redes do comércio varejista. Atualizamos os últimos fatos que a imprensa noticiou sobre a Le Biscuit e a Americanas.

Para começar, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) identificou inconformidades sanitárias graves em 13 lojas da Le Biscuit em Salvador. O órgão exige que os problemas sejam resolvidos, além de obrigar que as lojas executem projetos de segurança contra incêndio e pânico.

O MP-BA começou a investigar o problema após a denúncia de um consumidor que teria adquirido produtos estragados. A ação considerou relatórios técnicos de inspeção do Corpo de Bombeiros Militar e da Vigilância Sanitária.

Cerca de 13 filiais têm esses problemas: falta de salubridade, limpeza e higiene durante o armazenamento e comércio de gêneros alimentícios, além de também ter estruturas desprotegidas contra situações de incêndio e pânico. As lojas são dos Shoppings Salvador, Salvador Norte, Barra, Bela Vista, Paralela, da Bahia, Piedade e Cajazeiras, além das unidades da Pituba, Comércio, Bonocô, Liberdade e Águas Claras.

AMERICANAS: CPI COM CHEIRO DE PIZZA

Diante da gravidade do escândalo na Americanas, está cheirando a pizza a CPI que investiga a fraude contábil na empresa. O seu encerramento será dia 14 de setembro, mas ninguém ouviu os acionistas de referência da companhia, o trio de bilionários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, nem representantes dos bancos.

O texto do relator, deputado Carlos Chiodini (MDB-SC), foi lido na sessão do dia 5 e deve ser votado na próxima semana. Mas, não identifica os responsáveis pelo o que ocorreu na empresa, se limitando a propor melhorias legais para evitar casos semelhantes no futuro.

E não leva em conta o depoimento por escrito do ex-CEO da Americanas, Miguel Gutierrez. Ele diz que o trio controlador da empresa participava ativamente do cotidiano da companhia e que a atuação era ainda mais forte na área financeira, onde foi executada uma fraude de R$ 20 bilhões revelada neste ano.

Estranhamente, o presidente da CPI, deputado Gustinho Ribeiro (Republicanos-SE), desqualificou a importância do documento ao dizer que ele “apenas se defende e acusa um dos acionistas de referência [Sicupira]”. “Nós sabemos que acionistas não participam do cotidiano da gestão de empresas desse porte”, acrescentou.

Esse absurdo conseguiu unir PL e PSOL na comissão. A deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS) classificou a CPI de “papelão” por “sequer ouvir acionistas de referência e bancos”. O deputado Ícaro de Valmir (PL-SE) disse que não poder sequer escutar os acionistas de referência da Americanas após o depoimento de Gutierrez era “um absurdo”.

Outro problema foram os habeas corpus concedidos aos ex-diretores que compareceram na comissão. Eles permitiram que todos permanecessem em silêncio.

com informações do UOL e Bahia Econômica

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