CONTRA JUROS ALTOS
Centrais emitem nota e realizam ato exigindo mais queda na Selic
Apesar dos recentes cortes, as centrais sindicais entendem que a taxa de juros no país continua muito alta. Por isso, emitiram nota pública e realizaram, nesta terça-feira (18), um ato pedindo mais redução da taxa básica de juros (Selic). O ato na Avenida Paulista, em São Paulo, teve bandeiras e carros de som em frente ao prédio do Banco Central (BC), com críticas ao presidente do BC, Campos Neto.
O protesto foi realizado porque o Comitê de Política Monetária (Copom) inicia sua reunião para definir os juros básicos da economia. No início de maio, o Copom reduziu a taxa, pela sétima vez consecutiva, que ficou em 10,5% ao ano. Mas, a velocidade do corte diminuiu. De agosto do ano passado até março deste ano, o Copom tinha reduzido os juros básicos em 0,5 ponto percentual a cada reunião. Na última vez, a redução foi de 0,25 ponto percentual.
NOTA DAS CENTRAIS
A manutenção da taxa de juros em 10,5%, o 2° maior juro real do mundo, é um entrave para o setor produtivo, para a geração de empregos decentes e para o consumo, verdadeiro motor da economia. A alta taxa só beneficia a especulação e o rentismo. Ela restringe o potencial de crescimento do país e diminui a capacidade de investimentos em serviços públicos essenciais como educação, saúde e infraestrutura, uma vez que obriga o governo a pagar mais juros pela dívida pública.
Como resultado, milhares de obras estão paradas e metade da população em condições de trabalhar está na informalidade, sem direitos e sem aposentadoria. Enquanto isso, os banqueiros lucraram 26 bilhões de reais só no último trimestre.
Baixar os juros é fundamental para a retomada do crescimento sustentável, com inclusão do povo trabalhador na economia para além da mera subsistência. A taxa de juros mais baixa proporciona crédito mais acessível para pessoas e empresas; incentiva o consumo; previne a inadimplência e incrementa investimentos em pequenas e médias empresas, entre outros.
Mas o presidente do Banco Central, Campos Neto, herança do desgoverno Bolsonaro, insiste em manter a taxa de juros alta. Ele não pensa no povo, só nos lucros do rentismo e da especulação financeira. Por isso nós, trabalhadores, nos mobilizamos e vamos para as ruas para pedir em uma só voz: Juros baixos para o Brasil crescer!
CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros)
CUT (Central Única dos Trabalhadores)
Força Sindical
NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores)
UGT (União Geral dos Trabalhadores)
Intersindical (Central da Classe Trabalhadora)
Pública Central do Servidor