PREPARANDO LUTAS

FEC analisa cenário e projeta novas ações no estado

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Reunida nesta sexta-feira (12), a direção da FEC Bahia analisou o cenário político, sua organização, portarias do Ministério do Trabalho, sustentação financeira das entidades sindicais e os desafios que a categoria comerciária e os sindicatos enfrentarão neste ano, como as eleições municipais de outubro. O encontro aconteceu no Sindicato dos Comerciários de Salvador, de forma híbrida (presencial e por videoconferência).

Para orientar o debate, o presidente da FEC, Jairo Araújo destacou que o sindicalismo tem que ajudar a luta que o governo Lula trava contra a extrema-direita, no Congresso Nacional e na sociedade. “No campo organizativo, nossa ação tem barrado fundações de sindicatos ilegais em várias cidades e garantido vida orgânica à Federação. Seguimos fazendo a luta corporativa, econômica e política. Precisamos reverter as dificuldades nas negociações enfrentadas por nossos sindicatos nas negociações das campanhas salariais. O salário mínimo terá nova valorização e os pisos no comércio precisam seguir o mesmo caminho”, pontuou.

Com relação à luta política, o dirigente chamou atenção para dois pontos principais. “Vamos acompanhar a votação do projeto sobre contribuição negocial no Congresso Nacional e reforçar as ações das centrais para que o resultado favoreça o movimento sindical. Nas eleições, temos que garantir apoio às candidaturas ligadas à categoria nas cidades onde atuam nossos sindicatos. Temos que fazer o debate nos locais de trabalho e eleger nossos representantes”, afirmou.

Assessor da FEC, Hilário Leal chamou atenção para as decisões do Ministério do Trabalho. “Os registros sindicais precisam ser atualizados para que as entidades possam ter legalidade e, até entrar com ações judiciais. É preciso observar os prazos das diretorias eleitas e não deixar situações irregulares, pois o MTE vai publicar a lista de entidades com problemas”, ponderou.

APONTANDO CAMINHOS

Durante o debate, várias falas apontaram os desafios e possíveis ações que a FEC e os sindicatos podem tomar. “Temos um Congresso elitista e conservador. Isso exige maior ação e resistência. Precisamos nos preparar para as eleições de outubro e mostrar à categoria que é importante eleger nossos representantes”, disse Renato Ezequiel, presidente dos Comerciários de Salvador.

Presidente do Sindicato dos Comerciários de Juazeiro, Fábio Cesar defendeu que é preciso aprimorar o papel dos dirigentes na sua ação sindical. “É formar para aprimorar a ação política, nossa comunicação e garantir maior preparação dos sindicalistas. Podemos unificar pautas e bandeiras por regiões, com lutas e campanhas unificadas. Além de pensar novas estratégias visando conquistar os trabalhadores para a luta e as atividades dos sindicatos”, enfatizou.

O vice-presidente da FEC e dirigente dos Comerciários de Salvador, Reginaldo Oliveira, ressaltou a necessidade de melhorar a organização sindical. “Para não sermos surpreendidos em nossas bases. Devemos mapear as áreas que precisam de mais atenção da Federação”, destacou.

Para o presidente do Sindicato dos Comerciários de Barreiras, Edson Rodrigues, é preciso ganhar o debate no Congresso e na sociedade. “Na luta sindical, temos que atuar junto às contabilidades, pois estão ajudando as empresas a pressionarem os trabalhadores a se oporem à taxa assistencial. Vamos atuar junto aos órgãos da Justiça do Trabalho para coibir as práticas antissindicais”, defendeu.

Segundo Alípio Guimarães, presidente do Sindicato dos Comerciários de Guanambi, “é importante pôr em prática a unificação de pautas e lutas no estado e agir contra a ação negativa das contabilidades”.

MELHORAR ORGANIZAÇÃO E TRAÇAR PLANO

O secretário de Finanças do SintraSuper de Salvador, Antônio Suzart, reforçou a importância de aprimorar a organização das entidades para as campanhas salariais e outras lutas. “Unidade é importante para enfrentar a ofensiva conservadora na política e dos patrões no comércio. Eles atacam os sindicatos porque sabem o papel que jogamos na sociedade. Temos que politizar a categoria sobre a importância da taxa e das entidades para a luta”, enfatizou.

Dirigente dos Comerciários de Itaberaba, Antônio Silva defendeu que a FEC elabore um plano de ação. “Para enfrentar os ataques patronais e quem estiver invadindo nossas bases. Na política, é eleger comerciários vereadores para representar a categoria e pautar questões coletivas das cidades”, destacou.

Presidente licenciado dos Comerciários de Irecê, Rafael Sydartha lembrou os 32 anos de aniversário do Secir e falou da expectativa sobre as eleições. “Estamos bem, pois o sindicato assinou um bom acordo, com reajustes acima da inflação. Estou confiante na disputa em outubro, contando com o apoio da categoria e abrindo outras frentes de apoio”, disse.

A secretária de Imprensa do SintraSuper, Taina de Jesus, indicou que a FEC e os sindicatos busquem projetos e programas sociais no governo estadual para beneficiar a categoria no estado. “Isso vai ajudar a reforçar a imagem e importância das nossas entidades no meio dos trabalhadores”, afirmou.

O dirigente dos Comerciários de Itamaraju, Esdras Lima, informou que grandes empresas estão chegando à cidade e que conseguiram contornar a oposição à taxa assistencial. “Trabalhamos junto às contabilidades e mostramos os ganhos para a categoria. É importante lutarmos para retomar as homologações nos sindicatos”, enfatizou.

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