AVANÇA, LULA
Adilson Araújo defende enfrentamento ao mercado financeiro
Os movimentos sociais tiveram um importante encontro com o presidente Lula (PT), nesta sexta-feira (19), no Armazém do Campo, espaço administrado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em São Paulo. O petista afirmou que o governo estará mais aberto ao diálogo com as organizações da sociedade. Cerca de 70 organizações participaram do evento e cobraram maior interlocução com o governo.
Segundo o presidente da Central das Trabalhadoras e Trabalhadores do Brasil (CTB), Adilson Araújo, é importante discutir o novo ciclo de desenvolvimento proposto pelo governo, com crescimento econômico e distribuição de renda. “É crucial que os movimentos sociais possam expressar ao presidente Lula nosso compromisso com um projeto transformador para o Brasil. Precisamos contestar a política de juros elevados que dificulta a retomada econômica e denunciar práticas que beneficiam apenas interesses financeiros. O governo deve dialogar mais profundamente com a sociedade, especialmente aqueles que são essenciais para a construção de um novo ciclo de desenvolvimento nacional”, afirmou.
O sindicalista defendeu que o governo enfrente com firmeza o mercado financeiro. “Presidente Lula precisamos enfrentar o “Deus Mercado”, esses bilionários que não sabem quanto custa o quilo do feijão no supermercado. O déficit zero serve como elemento de pressão do mercado financeiro e da mídia burguesa, que insistentemente cobram do nosso Governo cortar gastos e reduzir os investimentos sociais. Ao contrário disto, defendemos o corte substancial das taxas de juros, a reestruturação da dívida pública e a redução das despesas financeiras. Como complemento, lutamos por uma reforma tributária que institua a taxação das grandes fortunas, dos dividendos e das remessas de lucros ao exterior pelas multinacionais. Devemos cortar na carne dos ricos e não mais na dos trabalhadores e trabalhadoras que sobrevivem com grandes dificuldades e enfrentam graves problemas de saúde e carência de assistência social. Queremos um Brasil reindustrializado, potencialmente capaz de desenvolver forças produtivas, gerar empregos, e promover o bem estar social”, defendeu.
Com o presidente, participaram o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo; o ministro da Fazenda, Fernando Haddad; e o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira. A primeira-dama, Rosângela Lula da Silva, a Janja, também estava presente. Além da CTB, outras entidades marcaram presença, como a Frente Brasil Popular; a Frente Povo Sem Medo; o MST; o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), a Central de Movimentos Populares (CMP), sindicatos de trabalhadores e entidades estudantis, como a UNE.
“A reunião proporcionou um espaço para que os movimentos sociais pudessem expor suas avaliações sobre o primeiro ano de governo. Foi um espaço onde os movimentos sociais puderam falar para o presidente, cada segmento, as suas impressões sobre esse ano de governo, o que avançamos, apresentar críticas também, o que a gente precisa melhorar”, disse Manuella Mirella, presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE).
com informações da CTB Nacional e Portal Vermelho
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