SÃO R$ 35 BILHÕES

O valor a mais na economia com a isenção de IR até R$ 5 mil

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Não adianta o mercado financeiro criticar governos que buscam melhorar um pouco mais a vida de quem mais precisa. Quem não gostou da isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil, precisa ver o estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Essa isenção poderá injetar R$ 35 bilhões na economia brasileira.

De acordo com a diretora-técnica do órgão, Adriana Marcolino, a proposta do governo Lula (PT) é importante para a classe trabalhadora. E, também, para segmentos da população que geram muito consumo, pois deve aquecer a economia, gerar emprego e renda, além de mais arrecadação para a União.

A tabela mostra o acerto da medida, que aumentará a renda disponível no Brasil. Hoje, quem ganha R$ 5 mil paga R$ 335,15 por mês de IRPF. Assim, a isenção para esse público garantiria, anualmente, R$ 4.467,55 adicionais. Isso é, praticamente, um salário a mais por ano. Veja a tabela:

Sobre a cobrança na renda de quem recebe a partir de R$ 50 mil mensais, ela incidirá sobre pessoas com menor propensão ao consumo e com menor possibilidade de dinamizar o mercado interno. “O mercado financeiro não está preocupado com o país e sim com seus interesses, pois sabem que terão de pagar a parte deles. Segundo o governo, a isenção beneficiará 36 milhões de pessoas e apenas 100 mil, com ganhos de R$ 50 mil mensais, passariam a pagar mais”, explica.

“O mercado não está avaliando com boas perspectivas o resultado fiscal desse pacote, pois o mais provável é que tenha um novo aumento da taxa de juros esse ano. O governo não fez o que o mercado financeiro queria, que é atender os seus interesses e não os do Brasil, e como moeda de troca, como chantagem, eles vão pressionar para que a inflação, para que a taxa de juros seja aumentada numa relação totalmente descontextualizada dos outros indicadores econômicos. Então, acho que só mostra mais ainda de como esse segmento da sociedade não tem relação com uma política de desenvolvimento sustentável e com justiça social”, destaca Adriana Marcolino.

com informações do Dieese

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