FEC E SINTRASUPER

Com a presença de dirigentes comerciários de outros sindicatos da Bahia, o SintraSuper lançou, nesta terça (13), a sua Campanha Salarial 2025 nos supermercados da região da Calçada: Mercantil, Centro Sul, Assaí, Atakarejo e Atacadão. Os sindicalistas percorreram as lojas com carro de som, bandeiras e pirulitos referentes às principais reivindicações: reajuste de 8,5%, fim da Escala 6×1, alimentação digna e creches para as trabalhadoras que são mães.

“Iniciamos nossa campanha salarial, o momento em que os supermercados devem valorizar quem faz o setor ser um dos mais fortes do Brasil e ter maior peso no comércio da Bahia. O cenário é bom, segundo o IBGE. Comparado a 2023, o varejo baiano cresceu 7,4% em 2024. O volume de vendas nos supermercados cresceu 11,6%, superior ao País: 5,8%. É importante lutar para transformar esses números positivos em melhores salários”, pontuou a presidenta do SintraSuper, Rosa de Souza.

O presidente da Federação dos comerciários da Bahia, Jairo Araújo, destacou a importância da participação da categoria. “Só podemos conquistar reajuste salarial, além de manter e ampliar nossos direitos, nos organizando com o Sindicato. Para os patrões quanto menos eles pagarem, mais lucro terão. E o setor de supermercados é o que mais bate recordes de crescimento e faturamento. Isso às custas da exploração do nosso trabalho, que não tem a devida valorização. A campanha salarial é o momento de buscar o reconhecimento do esforço de quem garante as lojas funcionando. A FEC está firme com o SintraSuper”, enfatizou.

Em apoio à luta dos trabalhadores e trabalhadoras de supermercados, falaram os dirigentes Renato Ezequiel e Rosemeire Correia, presidente e vice, respectivamente, do Sindicato dos Comerciários; e José Carlos, presidente do Sindicato dos Comerciários de Lauro de Freitas. Também falaram vários dirigentes do SintraSuper, relatando problemas específicos nas empresas e conclamando a categoria a participar da campanha.

AS REIVINDICAÇÕES

<> REAJUSTE DE 8,50%: Os números mostram que os patrões podem assinar um acordo com aumento decente e cláusulas sociais melhores. Esse ano, o reajuste pedido considera o crescimento do comércio e dos supermercados, e o aumento do salário mínimo (7,5%).

<> FIM DA ESCALA 6×1: O Brasil apoia: 65% da população aprova a medida, segundo a Nexus Pesquisa e Inteligência de Dados (entrevistou 2 mil pessoas entre 10 e 15 de janeiro). Vai gerar mais empregos com novas turmas de trabalho; mais qualidade de vida; mais convívio familiar; e descanso adequado.

<> ALIMENTAÇÃO DE R$ 25,00: Hoje, R$ 16,12 mal dá pra comer. É hora melhorar esse valor e permitir que a categoria tenha alimentação digna. Muitas empresas não têm refeitório e um PF na rua custa, em média, R$ 20,00.

<> CRECHE: Essa é uma luta histórica dos sindicatos para as trabalhadoras. Muitas largam o trabalho por não terem onde deixar os filhos. Quem gera a vida para a sociedade merece ter ajuda nessa questão.