URUGUAI À ESQUERDA

Yamandú Orsi reforça campo popular na América Latina

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Enquanto o mundo vê o crescimento da extrema-direita, na América Latina mais uma vitória reforça o campo da esquerda: Yamandú Orsi, candidato da Frente Ampla e apoiado pelo ex-presidente José Mujica, venceu Álvaro Delgado, da coalizão de centro-direita. Orsi teve 49,3% dos votos, e Delgado, 46,4%.

Aos 57 anos, Orsi foi professor de história e ex-governador do departamento (espécie de Estado) de Canelones, o segundo maior do Uruguai. Entre suas promessas na campanha eleitoral, defendeu a causa ambiental, apoio aos pequenos produtores e inclusão social.

O novo presidente falou em fazer uma política baseada no diálogo e prometeu não fazer mudanças radicais no país. Ele comentou o resultado das eleições parlamentares, que colocou o Congresso dividido. “Quando se trata de governar, com a estrutura parlamentar que teremos, o governo será forçado a negociar”, disse.

Embora prometa criar uma “nova esquerda” no Uruguai, Yamandú Orsi não planeja mudanças drásticas. Ele prefere negociar qualquer acordo com Pequim por meio do Mercosul; propõe incentivos fiscais para atrair investimentos e reformas da Previdência Social que reduziriam a idade de aposentadoria, mas não chegam a uma reforma radical buscada pelos sindicatos.

PRESIDENTE LULA DESTACA VITÓRIA

“Quero congratular o povo uruguaio pela realização de eleições democráticas e pacíficas e, em especial, o presidente eleito Yamandú Orsi, a Frente Ampla e meu amigo Pepe Mujica pela vitória no pleito de hoje. Essa é uma vitória de toda a América Latina e do Caribe. Brasil e Uruguai seguirão trabalhando juntos no Mercosul e em outros fóruns pelo desenvolvimento justo e sustentável, pela paz e em prol da integração regional”, escreveu Lula no X (antigo Twitter).

Na luta atual contra a extrema-direita, a vitória de um político de esquerda, mesmo liderando uma frente ampla, é importante para fortalecer o Mercosul e fazer a América Latina reduzir as desigualdades econômicas e sociais, além de se relacionar com soberania diante dos países mais ricos.

com informações do g1 e Revista Fórum

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