PREPARANDO A LUTA

FEC debate organização e desafios da categoria comerciária

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No Espaço Cultural dos Comerciários de Salvador, com dirigentes presentes e outros através de videoconferência, a FEC Bahia realizou uma importante reunião. O objetivo foi debater a organização da categoria comerciária e das suas entidades, as portarias do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e os desafios da luta com o governo Lula.

Segundo o presidente da FEC, Jairo Araújo, há a necessidade de se unificar posições, sem deixar de considerar as realidades específicas de cada local. “Precisamos definir ações para ampliar a consciência da nossa categoria sobre a importância dos sindicatos, que garantem reajuste salarial e outros benefícios. As entidades precisam fazer campanhas de sindicalização e cuidar da sua regularização. Vamos definir uma posição jurídica fechada sobre a oposição à taxa pelos trabalhadores”, afirmou.

Para o dirigente, fortalecer as entidades financeiramente é crucial, também, na luta política em curso. “A extrema-direita ganha força na sociedade e vai querer derrotar o governo Lula, que apresenta números positivos na economia, mas tem perdido popularidade. É importante que o governo dê certo e o movimento sindical terá um papel decisivo para mobilizar trabalhadores e sociedade, para combater as posições conservadoras e fazer o governo avançar”, frisou.

A presidenta do Sindicato dos Comerciários de Itabuna e coordenadora da CTB Regional Sul, Amanda Santos, destacou que “é necessário mostrar à categoria a importância da sua participação e sua contribuição para o seu sindicato fazer as lutas em defesa dos seus direitos”.

FORMAÇÃO E TRABALHO DE BASE

Melhorar o trabalho de base foi defendido pelo presidente do Sindicato dos Comerciários de Juazeiro, Fábio César. “É importante investir na formação sindical para qualificar ainda mais nossos dirigentes. Com maior conhecimento, vamos qualificar nossa ação sindical, reduzindo a oposição à taxa e garantindo mais sindicalizações na categoria”, pontuou.

Na mesma linha, o presidente do Sindicato dos Comerciários de Salvador, Renato Ezequiel, enfatizou a importância da formação. “Precisamos entender melhor o mundo do trabalho atual e seus impactos na categoria, o que está pensando os trabalhadores e os patrões. Assim, definiremos melhor nossas políticas. A taxa em Salvador tem 20 dias de oposição no setor lojista e 1 ano na Fecomércio. Nós vamos unificar essa questão na campanha desse ano”, frisou.

O presidente do Sindicatos dos Comerciários de Nossa Senhora do Socorro (Sergipe), Alfredo Souza, lembrou que a taxa assistencial sempre foi algo polêmico. “Além de trabalhar a conscientização da nossa classe, precisamos estudar alternativas de receitas para melhorar as finanças das entidades”, ponderou.

Vice-presidente da FEC Bahia e secretário de Finanças dos Comerciários de Salvador, Reginaldo Oliveira lembrou que as polêmicas sobre o financiamento dos sindicatos são históricas. “Vem desde o ressurgimento dos sindicatos de luta, no campo da CUT, final dos anos 1980. Temos que convencer a categoria dos benefícios que os sindicatos conseguem e os serviços que oferecem. Feira de Santana tem clube e, praticamente, um hospital. Lá, a oposição é pouca. Mas, cada local tem sua realidade, sendo o mais importante mostrar que vale muito contribuir com o seu sindicato”, disse.

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